Quais as diferenças entre cada modalidade? Como elas podem contribuir com a mobilidade urbana e com a melhoria do serviço de transporte coletivo? Para entender mais sobre o assunto, é importante compreender as características de cada um dos modelos.
O BRT (em inglês: Bus Rapid Transit) é um sistema de transporte público que possui alta capacidade de realizar um serviço rápido e eficiente. Com a utilização de corredores exclusivos, o BRT é atrativo por ser considerado um sistema moderno de transporte de massa sobre pneus. Apesar de ser baseado nos modelos de ônibus, o BRT não tem muita coisa de tradicional. Na prática, o sistema BRT demonstra potencial para reduzir as emissões de CO2. Na Cidade do México, pesquisas comprovaram que há redução de 35 mil toneladas de C02 por ano.
VLT é a sigla de Veículo Leve sobre Trilhos, tradução literal do inglês Light Rail Vehicle (LRV), que é um sistema de transporte que está entre o metrô e o ônibus convencional, e, geralmente, não tem a sua faixa de tráfego exclusiva. Dependendo da tecnologia adotada, um sistema de VLT pode garantir uma capacidade de transporte que varia entre 15 mil e 35 mil pass/h/sentido. É necessário verificar alguns conceitos importantes quando se fala em VLT, tais como: leveza – que propicia menor consumo energético e desgaste da via –; acessibilidade – através do piso baixo e rampa de acesso para cadeiras de rodas –; e flexibilidade – com bom desempenho operacional tanto em via exclusivas (desenvolvendo maiores velocidades), como em meio ao tráfego rodoviário urbano com cruzamentos ao nível das ruas e operação por marcha à vista. A distribuição de peso por eixo de um VLT é cerca de 3 a 6 toneladas menor que a dos metrôs e pode ser movido com diesel ou eletricamente.
Os VLTs existem em inúmeras cidades do mundo, principalmente na Europa, e, comprovadamente, produzem significativos benefícios, tais como ordenação do tráfego urbano, redução dos níveis de poluição, melhoria da mobilidade urbana, dentre outras.
VLT – Parangaba Mucuripe
Dentro do conjunto de obras estruturantes em Fortaleza para a Copa de 2014 está a construção do Ramal Parangaba Mucuripe. A linha fará uma importante ligação entre o setor hoteleiro da orla marítima de Fortaleza e o Centro da capital, a partir de sua integração com a Linha Sul. O Ramal vai ser operado com veículos leves sobre trilhos (VLT) e fará a conexão ferroviária de 12,7 quilômetros entre a Parangaba e o Mucuripe, favorecendo 22 bairros da cidade e beneficiando cerca de 90 mil passageiros/dia.
Fonte: Rmtc Goiânia – http://www.secopa.ce.gov.br/index.php/matriz-resp/vlt