A sexta rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte – Covid-19, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), no último mês de março, revelou que empresários do setor continuam preocupados com a falta de perspectiva de melhora, mesmo após um ano do início da pandemia no País. Um percentual alarmante de 97% dos participantes do levantamento ainda enfrenta prejuízos causados pela Covid-19. Destes, mais da metade (53,4%) não consegue prever quando superarão esses prejuízos. Apenas 1,2% afirmou que os danos causados pela Covid-19 em suas empresas terminaram em 2020.
Outros resultados preocupantes da pesquisa nas empresas, no mês de março, foram: o da redução de 68,3%,0% da demanda, queda de 69% de faturamento; diminuição de 57,4%, de capacidade de pagamento, seguida de 44,7% no quadro de empregados, e redução de 41,2%, no tamanho da empresa, sendo este fator apontado como motivo para possível venda de ativos para sobrevivência no mercado. Por fim, 52,4% das empresas também aumentaram seu nível de endividamento.
Os empresários do transporte defendem a volta da redução proporcional de jornada e salários como alternativa para minimizar a crise, reduzindo custos e possibilitando a manutenção de vínculos empregatícios ativos. Enquanto a Lei n.° 14.020/2020 ficou vigente, os transportadores fizeram amplo uso das soluções trabalhistas previstas como forma de evitar demissões. Por fim, outra medida defendida por 73,4% dos entrevistados foi a vacinação em massa como ação a ser priorizada pelo governo, seguida da disponibilização de linhas especiais de crédito (49,5%).