A FETRANS – Federação dos Transportes vem acompanhando com atenção, desde o ano passado, as frequentes movimentações no preço dos combustíveis e o impacto para o setor do transporte e para a vida da população brasileira.
Em 2021, a Petrobras reajustou doze vezes os preços do óleo diesel, insumo fundamental para o transporte público, chegando a um índice de 64,67% de aumento.
O último anúncio feito pela estatal, na quinta-feira (10), com uma elevação de 18,8% no litro da gasolina e de 24,9% no diesel, agrava o cenário e sinaliza para uma situação de preocupante descontrole.
A decisão afeta diretamente toda a cadeia produtiva do transporte.
Para os caminhoneiros e transportadores de carga, isso representa novos custos que certamente encarecerão as operações, precisaram ser repassados e chegarão ao consumidor final.
Já o setor de transporte de passageiros, que vem sofrendo prejuízos desde o início da pandemia, recebe com apreensão esse novo reajuste, uma vez que a medida torna ainda mais difícil a recuperação do segmento e pode prejudicar o equilíbrio econômico-financeiro das empresas de ônibus e comprometer a continuidade da prestação dos serviços.
Na posição de entidade representativa do setor, a FETRANS vem a público demonstrar sua insatisfação com a atual política de preços da Petrobras e conclamar os entes federativos a se unirem na discussão de alternativas factíveis para amenizar o problema. A atual situação não é viável para as empresas de transporte coletivo de passageiros, que correm um sério risco de ficarem impossibilitadas de continuar as operações, o que será um prejuízo para a população e para a economia do país.