O conceito de Mobility as a Service – MaaS (mobilidade como um serviço, em português), os benefícios da sua adoção e os desafios enfrentados para sua implementação no cenário brasileiro são temas abordados na mais nova publicação lançada no último dia 6 de dezembro, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O documento apresenta as propostas do conceito, que destina-se a facilitar a integração entre os modais de transporte, sejam eles públicos ou privados, individuais ou coletivos, não motorizados ou motorizados, de modo que suas linhas e serviços sejam pensados como partes de um mesmo sistema.
A Finlândia é o país pioneiro na execução em grande escala do MaaS. O modelo alinha-se também ao conceito de mobilidade compartilhada. Sua tendência de crescimento chama atenção dos gestores do setor. Para o transportador, é uma alternativa tecnológica a ser pensada como investimento, uma vez que possibilita a atração de mais passageiros e, consequentemente, receita.
Acredita-se que sua aplicação proporcione diversos benefícios sociais, econômicos e até mesmo ambientais, a exemplo do incremento da acessibilidade das pessoas e da redução dos níveis de congestionamento e da emissão de gases do efeito estufa.
O documento da CNT aborda ainda a atual situação dos deslocamentos em meio urbano, sobretudo nos grandes centros. A ausência de priorização do transporte público quanto a investimentos e gestão do tráfego tem impactado negativamente a sua atratividade, fato que gera perda de passageiros ao longo dos anos e afeta a viabilidade do setor. Tal situação se agravou com o advento da pandemia da covid-19. Nesse contexto, as discussões a respeito do MaaS foram ampliadas, ganhando relevância.