Anunciada no mês de janeiro, a proposta da Prefeitura de Teresina (PI), para implantação da gratuidade no sistema de transporte urbano da capital para pessoas de baixa renda ainda está em análise. A pauta foi discutida durante reunião realizada a portas fechadas, no Palácio da Cidade, no dia 10 de janeiro, entre gestores da prefeitura. Na ocasião, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) não havia sido informado sobre o assunto.
Ainda assim, a entidade se posicionou a favor da proposta, desde que a Prefeitura de Teresina apresente um conjunto de ações legais, sociais, operacionais e financeiras para a viabilização da nova política tarifária, além da garantia de uma remuneração adequada, contínua e segura dos serviços. Atualmente, o gasto mensal da Prefeitura com o transporte público em Teresina é de R$ 8 milhões. De acordo com o Setut, o valor do subsídio para tornar possível que o transporte público seja gratuito deveria ser de R$ 13 milhões, totalizando um déficit de R$ 5 milhões todo mês.
O sindicato destaca ainda que, para aplicar a gratuidade, seria necessário que as empresas dobrassem a frota de veículos para atender à demanda, que deverá crescer com a tarifa zero. Atualmente, circulam em Teresina cerca de 220 ônibus.
Em nota de esclarecimento publicada nas redes sociais, o Setut e o Consórcio Operacional Integrado de Transportes de Teresina (SITT) afirmam que “apoiam todas as iniciativas do Poder Público que objetivem a universalização do uso dos serviços de transportes urbanos e a ampliação da qualidade dos serviços ofertados”. E acrescentam: “Para tanto, os consórcios, através do SITT, estão no aguardo que a Prefeitura apresente, o mais breve possível, seu plano e o respectivo conjunto de ações (…) necessárias ao cumprimento das novas condições a serem fixadas.”