Incentivos econômicos fizeram do carro um bem de consumo que se relaciona ao “status” da pessoa. A venda de veículos a preços e condições facilitadas fez com que, principalmente, os grandes centros sofressem com o aumento acelerado da demanda gerando problemas socioambientais insustentáveis.
De acordo com dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), o transporte individual consome R$ 174 milhões, o equivalente a 85% de todos os custos de mobilidade urbana e recebe três vezes mais recursos que o transporte coletivo.

Para Clarisse Cunha Linke, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), é preciso tornar o transporte público mais atraente que o carro. “O uso demasiado do carro torna o modelo de transporte insustentável e os BRTs (Bus Rapid Transit) são uma das alternativas para inverter a lógica desta preferência”, defendeu a especialista durante o Seminário Nacional promovido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), nos dias 27 e 28 de agosto, em Brasília, cujo tema foi: “Transporte Público Urbano: como atender as demandas sociais?”.
Fonte: Agência CNT de Notícias