A Grã-Bretanha vai proibir a venda de carros movidos a gasolina e diesel a partir de 2040. A medida tem o objetivo de reduzir os níveis de óxidos de nitrogênio (NOx) nas cidades, pois causam problemas respiratórios, o que custa mais US$ 3,5 bilhões de por ano em perda de produtividade. De brinde, o clima agradece.
No início de julho, a França já tinha feito a mesma promessa. A Índia quer se livrar dos motores a combustão dez anos antes (2030); na Noruega, já, já, a partir de 2025.
O ministro britânico do Meio Ambiente lembra que a Volvo anunciou que, em dois anos, só vai produzir novos modelos com motores elétricos e híbridos.
O governo anunciou um fundo equivalente a R$ 1 bilhão para ajudar prefeituras a reduzirem a emissão de poluentes. A ideia é criar zonas de ar limpo: redesenhar ruas, melhorar os sinais de trânsito e investir no fornecimento de energia elétrica. O ministro do Meio Ambiente é contrário à imposição de um pedágio específico, como planeja o prefeito de Londres, que, em abril, anunciou a criação de uma zona de emissões ultra baixas (Ulez) a partir de 2019 em Londres.
“A má qualidade do ar é o maior risco ambiental para a saúde pública no Reino Unido e este governo está determinado a tomar medidas fortes no menor tempo possível”, disse um porta-voz do governo.
O diretor geral da Associação de Fabricantes e Vendedores de Automóveis (SMTT), recebeu a notícia com descrença, pois acredita que os limites podem debilitar o setor automotivo britânico se não lhe der tempo para adaptar-se. Prova disso é que o mercado de automóveis limpos (elétricos ou híbridos) ainda é uma minoria na Europa ocidental, onde mais de 95% dos novos veículos registrados em 2016 eram de motor a diesel (49,5%) ou gasolina (45,8%).
Fonte: Portal EcoD (link) / Correio Braziliense (link) / G1 (link)