Desde a confirmação dos primeiros casos do novo coronavírus, a falta de informações conclusivas e de fontes de pesquisas seguras trouxe medo para os usuários do transporte coletivo. Novos estudos e novas evidências começam a desmistificar a ideia de que os ônibus são um local de contágio maior do que outros ambientes. Na última quarta-feira (16), foi divulgado o estudo “Análise da Evolução das Viagens de Passageiros por Ônibus e dos Casos Confirmados da Covid-19”, realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
O levantamento concluiu que não há indicação de que o aumento do número de passageiros transportados esteja relacionado ao crescimento dos casos da doença. O estudo foi feito a partir da análise de dados da quantidade de passageiros em 15 sistemas de transportes públicos urbanos por ônibus no Brasil, que correspondem a 171 municípios, e da ocorrência de casos da Covid-19 confirmados nas cidades.
De acordo com o presidente da NTU, Otávio Cunha, o estudo foi submetido a três profissionais da área da medicina, que atestaram a veracidade dos dados. “O setor de transporte público sofre muito devido à falta de informações corretas. Ele ficou sendo visto como um local de alto risco, por isso fizemos a pesquisa. Ela mostra que o sistema possui segurança. As empresas atuam com protocolo de segurança e saúde, como a higienização dos ônibus, o uso de máscara, janelas abertas e a informação certa de como se transmite a doença”, disse.
Os 15 sistemas analisados são responsáveis por 325 milhões de viagens de passageiros por mês ou por 13 milhões de deslocamentos diários de pessoas. Os dados foram gerados por meio da variação da demanda por transporte, calculada pela NTU, e dos dados do Sistema Único de Saúde (SUS) por 17 semanas, entre as semanas epidemiológicas 14 e 30, de 29 de março a 25 de julho de 2020. Os registros do SUS foram colocados em semanas epidemiológicas para que fossem feitos os mesmos referenciais às demandas de viagens realizadas por passageiros no transporte público por ônibus.
Para conhecer a pesquisa completa, acesse o link: https://bit.ly/2H1jUd6.